Na noite da terça-feira (30), ocorreu uma assembleia geral marcada por intensos debates sobre a negociação salarial com a direção nacional dos Correios. Em uma reunião extraordinária realizada ontem, a empresa propôs um reajuste de 6,05% a partir de janeiro de 2025, que foi rejeitado pelos trabalhadores, já que a categoria informou que data base é em agosto de 2024.
Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), os trabalhadores insatisfeitos com o andamento das negociações aprovaram por unanimidade o estado de greve e agendaram uma nova assembleia geral para o dia 7 de agosto. Nesta data, será decidido se a greve será deflagrada a partir das 0h do dia 8 de agosto.
“Pretendemos pressionar a empresa dos Correios para que ela apresente uma proposta melhor para avaliarmos na próxima assembleia do dia 7. A gente reforça que pode haver greve e se não negociar, os Correios vão parar”, declarou o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (SINTECT/SE), Jean Marcel Guimarães.
O secretário de Divulgação e Imprensa do SINTECT/SE, José Márcio Siqueira dos Santos, está participando das rodadas de negociação em Brasília. Segundo ele, a principal pauta da campanha salarial de 2024 é a realização de um concurso público.
“O último concurso que tivemos foi em 2011, já faz mais de uma década. Temos um déficit grande de trabalhadores na empresa. Chega de terceirização, queremos concurso público. Lutamos por aumento real. A empresa é lucrativa graças ao nosso trabalho, então queremos o INPC mais 10% de reajuste. O retorno do Correio Saúde é urgente, pois os trabalhadores estão saindo do plano de saúde porque não conseguem pagar as mensalidades altas e a coparticipação”, afirmou José Márcio.
Na manhã de desta quarta-feira (31), em Brasília (DF), estão sendo discutidas as cláusulas do Acordo Coletivo referentes aos benefícios, e à tarde será discutido o Plano de Saúde. A expectativa dos trabalhadores é que a proposta de reajuste seja apresentada no dia 1º de agosto, quando ocorre a próxima rodada de negociação.
